Nossa fé orienta a nossa ação.

A fé religiosa é a adesão a um sistema de crenças. Fora da religião, fé é sinônimo de confiança. Mas, tendo ou não uma religião, é impossível viver sem fé!

Nossa relação com os amuletos também é baseada na fé. Amuletos significam proteção. Confiamos que, ao usá-los, eles nos guardam do mal agouro, afastam energias ruins, nos trazem sorte e saúde. Geralmente, são recebidos como presentes e têm elementos de origem mineral ou vegetal que são a fonte de sua proteção – mas essa fonte também pode ser sua forma, que costuma remeter simbolicamente a religiões. Figas, cruzes, pedras, ferraduras, trevos, olhos gregos e imagens de Buda ou Jesus Cristo são exemplos de amuletos.

Amuletos nos trazem conforto, que vem da sensação de proteção. Acredita-se que os seres humanos sempre os utilizaram. Porém, há uma maior documentação de seu uso desde o Egito antigo – especialmente os escaravelhos, um tipo de besouro, que representava deuses da época.

Do uso dos próprios animais, os escaravelhos egípcios evoluíram para sua representação em jóias. Esculpidos em pedras, eram aplicados em anéis, objetos e outros acessórios. As jóias dos faraós são algumas das mais antigas misturas entre amuletos e metais preciosos. No Brasil, têm destaque histórico as jóias de crioula, com características do sincrestismo religioso Brasil-África, usadas principalmente pelas escravas alforriadas e, ainda hoje, fonte de inspiração para designers.

Atualmente, ganham força as jóias elaboradas como amuleto. No Brasil, um outro elemento desse casamento, vindo das jóias de crioula, é a proximidade das pedras com a mitologia dos orixás: a Turmalina Rosa, de Oxum; a Azurita, de Ogum; a Água Marinha, de Iemanjá; e a Vanadinita, de Iansã são apenas alguns exemplos.

As jóias-amuleto têm a enorme vantagem de poderem andar sempre conosco. Além de proteger, elas compõem nossa forma de viver e vestir.